segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

lá vou eu também

Estava fula com o Francisco. Já tinha gritado duas vezes o seu nome (apesar de depois de gritar a primeira jurar a mim mesma que não o voltaria a fazer), já lhe tinha dado uma palmada no rabo (e para eu chegar aí é preciso mesmo muito) e mesmo assim ele continuava a gozar comigo. Tudo é uma brincadeira. Concluí que tinha que mudar de estratégia. Já o tinha chamado várias vezes para ir calçar os sapatos e ele nada, continuava as pulos no quarto. Bateu com duas raquetes na porta e eu tive uma ideia: fui buscar um saco e sem lhe dizer nada tirei-lhe as raquetes da mão e meti no saco. Ele perguntou: "é para o lixo? ou para dar a outros meninos?", mas eu não respondi. Depois atirou com dois livros pequenos para o chão e eu fiz o mesmo, peguei neles e meti-os no saco que estava agora no corredor. Chamei-o de novo para vir calçar os sapatos e ele nada. Peguei nele pela mão levando-o para fora do quarto e ele concluiu: " Pronto, lá vou eu também para o lixo.!" Tive que fazer um grande esforço para não rir.

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