- mãe, conta uma história para adormecer.
- tem que ser pequenina, porque a mana já está a dormir. queres uma história do quê?
- hum... dos piratas!
- era uma vez um pirata muito famoso. era conhecido em todo o mundo como o pirata do chapéu azul... porque usava sempre um chapéu azul...
- azul escuro!
- pode ser! era o pirata do chapéu azul escuro. ele...
- não, azul clarinho!
- ai! agora fica azul escuro. o pirata do chapéu azul escuro tinha um filho...
- azul clarinho!
- está bem, pronto, azul clarinho! ... tinha um filho com 4 anos que se chamava Pedro. o Pedro, pequeno pirata, queria ser como o pai e estava sempre a pedir-lhe a espada. mas o pai dizia sempre que não, que ele era muito pequeno.
um dia o pequeno pirata resolveu fugir no barco a remos, ia ser o seu barco de piratas! ele estava farto do pai dizer que ele era pequeno e quis provar o contrário. ia conquistar o mundo no seu barquinho!!!!
o pirata do chapéu azul CLARINHO, quando percebeu que o filho desaparecera ficou muito aflito e foi logo à procura dele. quando o encontraram estava o pequeno pirata a chorar, porque estava cansado de remar, tinha fome e não gostava de estar sozinho no meio do mar. então o pai disse-lhe: "filho, não tenhas pressa em crescer, aproveita que és pequeno para brincar. um dia vais ser um pirata a sério, grande como eu e vais ter a tua própria espada, não te preocupes." e assim foi. o pequeno pirata viveu um dia de cada vez e aproveitou para brincar muito.
- oh. então porque é que o pai não lhe disse logo isso?
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
meu amor mais pequeno
Houve tempos em que eu tinha um bebé em casa. Mas cresceu e agora é um menino lindo! Depois tive outro bebé, mas cresceu também... tão rápido foi!
Meu amor mais pequeno, estás tão crescida!
És uma menina linda que ri e corre e goza (literalmente) a vida!
Nunca foste muito de "apegos", tu és mais de "libertação". E lá vais tu a correr atrás da bola, a correr do teu irmão, a correr de mim quando te quero calçar, a refilar porque te estão a pegar, ou a toalha do banho está a tapar-te a cabeça e os braços, ou porque quero manter-te quieta só o tempo suficiente para vestir uma fralda!
Preferes andar a pé do que andar ao colo.
Preferes comer sozinha.
Adormeces melhor na tua cama.
E nem pensar em manteres-te sossegada num sofá.
És o oposto do teu irmão em muita coisa e no entanto ele tem para ti uma paciência quase infinita!
Mas ris igualzinho a ele.
E eu adoro-te
leões
- Mãe, vamos brincar aquela brincadeira que nós somos dois leões e vamos comer a barriga da Mafalda!
terça-feira, 29 de maio de 2012
baixinho
Mafalda, às vezes adormeces no carro ou ao colo do pai. Quando eu pego em ti para te levar para casa ou para a cama tu abres os olhos, vês que sou eu e dizes baixinho "olá mãe". Depois voltas a dormir. Estou certa que nunca ouvirei nada mais doce.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
corrida
Vamos para casa em dois carros e o Francisco vai comigo.
- mãe, vamos ganhar!
- não sei! mas não estamos a fazer corridas!
- olha... afinal o pai é que vai ganhar. é que o teu carro é buéda rápido, mas o do pai é buéda ainda mais rápido! mas não vais chorar, está bem? não ficas triste!
- mãe, vamos ganhar!
- não sei! mas não estamos a fazer corridas!
- olha... afinal o pai é que vai ganhar. é que o teu carro é buéda rápido, mas o do pai é buéda ainda mais rápido! mas não vais chorar, está bem? não ficas triste!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
furacão
Mafalda, se por acaso um dia, quando fores grande, vieres a ter uma filha que não pára de correr, mexe em tudo e mais alguma coisa e desarruma a casa de uma ponta à outra, não te venhas queixar a mim!
Já perdi a conta às vezes que apanhei estas molas do chão, os brinquedos espalhados e os dvds todos baralhados... dá para parar só uns segundos de vez em quando?
sacos e mais sacos
A Mafalda descobriu onde guardamos os sacos de plástico. ai... pelo menos deu para eu apanhar a roupa do estendal sossegada!
o chefe
Estava concentrada no trânsito e o Francisco dizia qualquer coisa...
- ... Não é mãe? há não há mãe?
- sim filho!
- Pois, foi o que eu disse à Carolina, mas ela disse que não havia garrafões de água gigantes! Tens que dizer à Carolina que ela não sabe nada! está bem?
- Mas porque é que não lhe dizes tu?
- Porque eu sou o chefe e digo para dizeres tu!
- O quê? - aqui já tinha captado a minha atenção! - ah ah ah, és o chefe? eu é que sou tua mãe, por isso se há algum chefe sou eu!
- Eu e o pai é que somos os chefes porque fazemos o jantar!
- Mas tu não fazes o jantar!
- Mas estou sempre para ajudar o pai! Por isso tu é que dizes à Carolina que ela não sabe nada! E se o pai dela e a mãe não gostarem tens que te esconde em algum sitio, está bem?
- ... Não é mãe? há não há mãe?
- sim filho!
- Pois, foi o que eu disse à Carolina, mas ela disse que não havia garrafões de água gigantes! Tens que dizer à Carolina que ela não sabe nada! está bem?
- Mas porque é que não lhe dizes tu?
- Porque eu sou o chefe e digo para dizeres tu!
- O quê? - aqui já tinha captado a minha atenção! - ah ah ah, és o chefe? eu é que sou tua mãe, por isso se há algum chefe sou eu!
- Eu e o pai é que somos os chefes porque fazemos o jantar!
- Mas tu não fazes o jantar!
- Mas estou sempre para ajudar o pai! Por isso tu é que dizes à Carolina que ela não sabe nada! E se o pai dela e a mãe não gostarem tens que te esconde em algum sitio, está bem?
quinta-feira, 24 de maio de 2012
"o cocó mãe?"
A Mafalda fez o seu primeiro cocó na sanita. E apesar de ser um micro mini cocó, foi o seu primeiro cocó como "os grandes". Quando puxei o autoclismo fiz o mesmo ritual que fazia com o irmão, acenei e disse "adeus cocó". Ai o que eu fui fazer! Ela começou a choramingar "o cocó mãe? o cocó?" e por mais que eu dissesse que tinha ido para a sua casa, ou que tinha ido passear, nada a convencia! "o cocó mãe?"... que triste ficou por ver o seu cocó partir...
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Para o Francisco
Francisco,
Um dia quando leres isto já terás idade suficiente para entender o que te escrevo. E já saberás também como as coisas se desenrolaram. Provavelmente terás um sorriso no rosto porque sabes que estou a exagerar e na verdade tudo correu bem.
Ontem tive a confirmação que tens uma surdez "severa" (palavras do médico) no ouvido interno esquerdo. Aliás, ontem não tive a confirmação, porque isso eu já sabia, ontem tive a revelação de que "não há nada a fazer" se não ir vigiando. Ora o "não haver nada a fazer" deixa-me bastante desconfortável...
Eu sei, não é nada extremamente grave. És um menino inteligente, falas e explicas-te bem. Ouves bem quando não estás constipado. E há tanta gente, tantas crianças com problemas mais graves... eu sei!
Para já não sabemos se nasceste assim, ou se foi algo que aconteceu mais tarde... na verdade pouco importa.
O que me assusta é quando te constipas e deixas praticamente de ouvir. O que me assusta é que este cenário possa ter uma evolução negativa. O que verdadeiramente me assusta é que tu de alguma forma ou algum dia te sintas mal por isto!
Por isso, meu amor, quero dizer-te que venha o que vier, estamos cá para dar a volta. A única coisa que tu tens que fazer sempre (sempre) é ser feliz!
terça-feira, 22 de maio de 2012
conselhos
Carolina - Lá na minha escola há uns meninos que estão sempre a bater-me...
Francisco - Dá-lhes um murro no nariz que assim eles já não te batem!
Carolina - Não posso Francisco! Assim a minha professora ralha!!!
Francisco - Oh Carolina... dás-lhes um murro no nariz quando a professora não estiver a ver!
Francisco - Dá-lhes um murro no nariz que assim eles já não te batem!
Carolina - Não posso Francisco! Assim a minha professora ralha!!!
Francisco - Oh Carolina... dás-lhes um murro no nariz quando a professora não estiver a ver!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
V.A.S.C.O.
O dvd do Vasco é a nova paixão lá de casa. Eles adoram as músicas e enquanto o Francisco se concentra para decorar todas as letras, a Mafalda vai dançando (ora sentada mexendo só o tronco, ora em pé de rabo espetado e mãos juntas). Ainda por cima é ecologista e incute ideias como a reciclagem e cuidar do ambiente.
Querido Vasco, obrigado! Porque permites que tenha um momento para estender a roupa ou arrumar a cozinha! És até ao momento a única coisa que mantém a minha filha "ocupada" sem andar atrás ou a chamar por mim. No entanto, gostava de saber quando pensas lançar novas músicas... é que já ouvi tantas vezes as actuais que não as consigo tirar da cabeça!
quinta-feira, 17 de maio de 2012
versões
Antes de ontem o meu filho pediu-me "só uma história pequenina" para adormecer. E eu fui inventando:
"Era uma vez um menino chamado Joaquim que tinha um porquinho mealheiro. Ele pedia moedas à mãe e ao pai, ao avô e à avó, aos tios e tias e até aos amigos dos pais quando eles iam lá a casa. O porquinho mealheiro do Joaquim chamavas-se plim plim, porque era este barulho que fazia cada vez que ele metia lá moedas. Um dia, o plim plim estava muito cheio e pesado e quando o Joaquim foi pegar nele.. plááá, caiu no chão e partiu-se! O menino primeiro ficou triste, mas depois viu que já tinha muitas moedas... pegou nelas todas e foi até à loja dos brinquedos. Lembrou-se que uma vez tinha pedido um foguetão à mãe, mas ela tinha dito que naquele dia não. Agora podia comprar com as suas moedas. O menino ficou muito contente e reparou que ainda lhe sobraram duas moedas! Sabes o que ele comprou com elas? Cola para colar o plim plim e voltar a juntar dinheiro para comprar outra nave espacial!"
Ontem, fui pôr a Mafalda mais cedo na cama e o Francisco quis reproduzir-lhe a história. Eis a sua versão:
"Era uma vez um porquinho que tinha um mealheiro chamado plim plim. Ele pedia moedas à mãe e ao pai, aos avós e avôs, tios e tias. O porquinho chamava-se.... como mãe? ah, pois, Joaquim. O plim plim estava muito pesado e sem querer o porquinho deixou cair e partiu-se. Ele pegou nas moedas e foi comprar um foguetão que a mãe já tinha dito cinco vezes que não: não pode ser, não pode ser, não pode ser, não pode ser,não pode ser! E comprou também o espaço e muitos planetas e mais autocolante de muitos muitos muitos foguetões e planetas. E depois ficou com duas moedas. E sabes o que foi comprar? Cola!!!! muito bem!"
"Era uma vez um menino chamado Joaquim que tinha um porquinho mealheiro. Ele pedia moedas à mãe e ao pai, ao avô e à avó, aos tios e tias e até aos amigos dos pais quando eles iam lá a casa. O porquinho mealheiro do Joaquim chamavas-se plim plim, porque era este barulho que fazia cada vez que ele metia lá moedas. Um dia, o plim plim estava muito cheio e pesado e quando o Joaquim foi pegar nele.. plááá, caiu no chão e partiu-se! O menino primeiro ficou triste, mas depois viu que já tinha muitas moedas... pegou nelas todas e foi até à loja dos brinquedos. Lembrou-se que uma vez tinha pedido um foguetão à mãe, mas ela tinha dito que naquele dia não. Agora podia comprar com as suas moedas. O menino ficou muito contente e reparou que ainda lhe sobraram duas moedas! Sabes o que ele comprou com elas? Cola para colar o plim plim e voltar a juntar dinheiro para comprar outra nave espacial!"
Ontem, fui pôr a Mafalda mais cedo na cama e o Francisco quis reproduzir-lhe a história. Eis a sua versão:
"Era uma vez um porquinho que tinha um mealheiro chamado plim plim. Ele pedia moedas à mãe e ao pai, aos avós e avôs, tios e tias. O porquinho chamava-se.... como mãe? ah, pois, Joaquim. O plim plim estava muito pesado e sem querer o porquinho deixou cair e partiu-se. Ele pegou nas moedas e foi comprar um foguetão que a mãe já tinha dito cinco vezes que não: não pode ser, não pode ser, não pode ser, não pode ser,não pode ser! E comprou também o espaço e muitos planetas e mais autocolante de muitos muitos muitos foguetões e planetas. E depois ficou com duas moedas. E sabes o que foi comprar? Cola!!!! muito bem!"
quarta-feira, 16 de maio de 2012
os copos coloridos
A Mafalda quer comer sempre sozinha. Não deixa que ninguém lhe dê nada à colher, ela lá sabe como fazer! Por outro lado, quer tudo o que o irmão tem: cereais iguais, pão igual, leite igual... Como não gosto muito de lhe dar sumos com açucar, lembrei-me de dar ao Francisco o famoso (pelo menos em nossa casa) Bongo em copo de plástico colorido. Assim, a Mafalda não vê o que lá está dentro e no copo dela também colorido meto água... pelo menos pensava eu...
Ela passou a adorar os copos coloridos (não com água, claro!).
Já há uns dias que a Mafalda não anda a comer bem a sopa e ontem não queria nem provar. E eis que me lembrei dos copos coloridos!!! Tiro e queda, bebeu e ainda pediu mais! Só espero que não se torne um hábito!
cu cu
Como ela adora estas coisas de menina... mal viu uma casinha foi a correr para se por á janela tal carochinha.
Só faltaram as roupinhas para estender e mais tachos e colheres, aí sim, seria o paraíso para a minha filha!
terça-feira, 15 de maio de 2012
o sapo enconta um amigo
"O sapo encontra um amigo" foi comprado na "ler devagar" do (ou da) LX factory, num daqueles dias de fim-de-semana em que não contamos as horas e a que nos podemos dar ao luxo de ter um miminho inesperado. Foi escolhido pelo Francisco e aprovado (e pago, claro) por mim.
Regressámos para casa a pé e, quando estavamos mesmo a chegar à porta do prédio, o meu filho senta-se na relva e chama-me "lê aqui a história." E eu devo ter suspirado "mas estamos tãaaoo perto de casa... onde temos um sofá!". Não me lebro exactamente o que lhe disse para o tentar convencer a seguirmos caminho, mas o que quer que tenha sido, não resultou! O que vale é que naquela altura a Mafalda ainda andava no carrinho e os passeios sempre eram mais fáceis de gerir.
Sentei-me e li-lhe a história. E depois reli. E foi realmente agradável estar ali, sentada na relva com os meus filhos, a ler uma história de amizades improváveis como esta. Gosto de pensar que cada história deixa-lhe algo gravado na alma. Esta deixa uma pequena marca de amizade.
Este livro foi escrito por Max Velthuijs e é da editora Caminho
segunda-feira, 14 de maio de 2012
diferenças
Já escrevi aqui muitas vezes que os meus filhos são completamente diferentes um do outro, mas hoje deixo uma prova!
Sapatos do Francisco, usados durante o inverno inteiro:
Quase que podia voltar a vende-los!
Sapatos da Mafalda, usados durante 3 meses:
Pois...
sexta-feira, 11 de maio de 2012
meu amor...
Meu amor, lembras-te quando éramos só os dois? Podíamos sair e chegar a casa a qualquer hora, íamos ao cinema (ver filmes de crescidos) e ao bairro alto. Jantávamos fora mais vezes (muito mais vezes) e não contávamos o dinheiro. Não controlávamos a que hora jantávamos e muitas vezes levávamos amigos para casa depois de uma noite de copos. Acordávamos tarde ao fim-de-semana. Não havia sopas para fazer, podíamos comer o que nos apetecesse e ver qualquer canal de televisão, mesmo que tivesse a dar um filme violento. Andávamos descontraídos quando íamos às compras, sem medos de perder ninguém. Raramente tínhamos leite no frigorífico e tomávamos o pequeno-almoço fora. Lembras-te quando jantámos um quilo de castanhas e uma garrafa de vinho do porto no nosso puf gigante, em frente à televisão? Ou quando eu chegava a casa e tu já tinhas preparadas duas morangoscas bem fresquinhas... Havia uma certa descontração...
Pois é meu amor, agora é muito melhor!
coisas novas
- mãe, sabes quando é que eu estou contente?
- não...
- quando tenho coisas novas!
- ai é? pensava que estavas contente quando brincavas com os teus amigos, ou quando vais passear com a mãe e com o pai...
- não mãe! eu estou contente quando tenho coisas novas. também gosto de passear... mas com coisas novas...
- não...
- quando tenho coisas novas!
- ai é? pensava que estavas contente quando brincavas com os teus amigos, ou quando vais passear com a mãe e com o pai...
- não mãe! eu estou contente quando tenho coisas novas. também gosto de passear... mas com coisas novas...
quinta-feira, 10 de maio de 2012
quem sai aos seus...
- mãe, porque é que aqueles meninos estão naquela parede?
- é uma pintura.
- mas porquê?
- para a parede ficar mais bonita!
- também quero pintar uma parede!
(agora percebo a reação dos meus pais)
- é uma pintura.
- mas porquê?
- para a parede ficar mais bonita!
- também quero pintar uma parede!
(agora percebo a reação dos meus pais)
lá chegaremos
O Francisco ontem quis ficar na escola da Mafalda. E lá ficou. E eu tive um pequeno vislumbre de como seria tão mais fácil ter os dois na mesma escola... e poupar 4 viagens por dia... lá chegaremos.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
compras
Chegámos a casa carregados de sacos do supermercado, que foram pousados na cozinha. O pai das crianças teve que voltar a sair e o meu telefone tocou. Enquanto falava ao telefone, os meus filhos resolveram arrumar as compras. Com o ouvido livre ouvia o Francisco "vá Mafalda, dá-me as coisas!" (sim, as mulheres têm a magnifica capacidade de ouvir várias coisas ao mesmo tempo.) Pensei que iria ter o dobro do trabalho mais tarde, a rearrumar o que tinham "arrumado", mas aquele momento, em que podia estar a falar ao telefone sem pressas e sem ninguém a gritar "mãe" ou a pedir colo estava a saber-me bem e resolvi deixar a coisa andar.
Quando cheguei à cozinha tinha uma série de sacos vazios espalhados pelo chão. Apanhei-os e vi que tinham sido deixados apenas os objectos pesados: dois packs de cerveja e o detergente da roupa. Curiosa comecei a abrir os armários e, para meu espanto, tirando uma embalagem de carne que estava junto às massas e arroz, tudo estava no sitio certo! Papel higiénico e sabonetes na casa-de-banho, detergentes da louça, sal e abrilhantador junto aos alguidares, cereais na prateleira de cima do móvel... incrivel! Assim, vale a pena ir às compras!
Quando cheguei à cozinha tinha uma série de sacos vazios espalhados pelo chão. Apanhei-os e vi que tinham sido deixados apenas os objectos pesados: dois packs de cerveja e o detergente da roupa. Curiosa comecei a abrir os armários e, para meu espanto, tirando uma embalagem de carne que estava junto às massas e arroz, tudo estava no sitio certo! Papel higiénico e sabonetes na casa-de-banho, detergentes da louça, sal e abrilhantador junto aos alguidares, cereais na prateleira de cima do móvel... incrivel! Assim, vale a pena ir às compras!
castigo livre
- mãe quero ir para o castigo...
- o quê, filho?
- quero ir para o castigo!
- queres ir para o castigo?
- sim!
- hum... ok, vai buscar uma cadeira e senta-te nela!
Claro que nem passaram dois segundos já a pequena pulga eletrica tinha ido também buscar uma cadeira para imitar o irmão.
Mais uns segundos e saltaram os dois das cadeiras. Afinal aquilo não era divertido! Mas tudo bem, era castigo livre.
terça-feira, 8 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
o livro de reclamações sff
Este fim-de-semana o meu filho foi com as primas à kidzania, a prima Catarina fazia anos e lá foi ele todo contente. Eu nunca lá fui, mas confesso que estava curiosa e quando o reencontrei quis saber tudo!
Veio cheio de dinheiro (kidzos), carta de condução tirada (assim já despachou a coisa), cartão da galp e do continente. Parece que trabalhou num hospital, numa pizzaria, onde fez a sua própria piza, na compal a fazer sumos... foi à discoteca e fez corridas de carros, enquanto as primas foram à manicura. Um dia em grande portanto.
Mas houve algo que o deixou indignado! Quando chegou a casa o meu filho esperava que o Continente tivesse já entregue as suas compras. É que ele comprou o jantar (que pelos vistos seria peixe) e quando foi pagar não o deixaram trazer as embalagens (vazias, só de brincar). Perante o espanto do meu filho, parece que a senhora disse-lhe "nós entregamos em casa." E o rapaz ficou descansado.
Afinal, era mentira...
Quando tentei explicar ao Francisco que era tudo a brincar e que as embalagens tinham que ficar naquele Continente de brincar ele ficou incrédulo "mas a senhora disse que entregavam em casa! Porque é que ela disse, então?". E ele tem razão! Ó senhores do Continente da Kidzania, atenção ao que dizem às crianças!!! É que depois sobra para os pais!
Eu por mim já disse ao meu filho, da próxima vez vamos lá e pedimos o livro de reclamações! Afinal, onde é que estão as compras?
Veio cheio de dinheiro (kidzos), carta de condução tirada (assim já despachou a coisa), cartão da galp e do continente. Parece que trabalhou num hospital, numa pizzaria, onde fez a sua própria piza, na compal a fazer sumos... foi à discoteca e fez corridas de carros, enquanto as primas foram à manicura. Um dia em grande portanto.
Mas houve algo que o deixou indignado! Quando chegou a casa o meu filho esperava que o Continente tivesse já entregue as suas compras. É que ele comprou o jantar (que pelos vistos seria peixe) e quando foi pagar não o deixaram trazer as embalagens (vazias, só de brincar). Perante o espanto do meu filho, parece que a senhora disse-lhe "nós entregamos em casa." E o rapaz ficou descansado.
Afinal, era mentira...
Quando tentei explicar ao Francisco que era tudo a brincar e que as embalagens tinham que ficar naquele Continente de brincar ele ficou incrédulo "mas a senhora disse que entregavam em casa! Porque é que ela disse, então?". E ele tem razão! Ó senhores do Continente da Kidzania, atenção ao que dizem às crianças!!! É que depois sobra para os pais!
Eu por mim já disse ao meu filho, da próxima vez vamos lá e pedimos o livro de reclamações! Afinal, onde é que estão as compras?
tonta
Pai - Mafalda como é que se chama a mãe?
Mafalda - mãe!
Pai - mãe quê?
Mafalda - mãe!
Pai - e o mano?
Mafalda - mano.
Pai - mano... Francisco!
Mafalda - mano... mano!
Pai - e o pai, como é que se chama?
Mafalda - Tonta!
Mafalda - mãe!
Pai - mãe quê?
Mafalda - mãe!
Pai - e o mano?
Mafalda - mano.
Pai - mano... Francisco!
Mafalda - mano... mano!
Pai - e o pai, como é que se chama?
Mafalda - Tonta!
sexta-feira, 4 de maio de 2012
escrever
O Francisco viu a prima Carolina a escrever o seu nome. Pegou também numa folha e num papel e perguntou à avó: "podes dizer as letras do meu nome?". A avó foi dizendo e ele desenhando. Penso que deve ter percebido M quando era N, mas mesmo assim, para quem nunca foi ensinado a escrever, nem em casa, nem na escola, não se saiu nada mal!
Depois lembrou-se da música do Vasco, (a mascote do oceanário) que soletra o seu nome: "V. A. S. C. O. Vasco! V. A. S. C. O...." (Este DVD tem passado tantas vezes na televisão lá de casa que até eu ando com as músicas do Vasco na cabeça!) e concluiu: "também sei escrever Vasco!"
E aqui ficam... as primeiras palavras que o meu filho escreveu. Mais uma prova de que está a crescer...
Depois lembrou-se da música do Vasco, (a mascote do oceanário) que soletra o seu nome: "V. A. S. C. O. Vasco! V. A. S. C. O...." (Este DVD tem passado tantas vezes na televisão lá de casa que até eu ando com as músicas do Vasco na cabeça!) e concluiu: "também sei escrever Vasco!"
E aqui ficam... as primeiras palavras que o meu filho escreveu. Mais uma prova de que está a crescer...
novos inclinos
Temos três novos habitantes lá em casa.
Eu já tive, quando era miúda e acho que até pegava neles e tudo (ou talvez não), mas agora, ao olhar para estes bichos da seda dou comigo a pensar "nem se aproximem de mim sff. Deixa lá manter a caixa bem fechada". É que um deles é mesmo grande...
Arranjámos uma caixa com acetato por cima, para apanharem luz (e para podermos vê-los sem abrir a caixa), metemos folhas de amoreira e fizemos furos de lado. O meu filho alertou-os "vá bichos da seda, não se esqueçam de respirar!" e acrescentou "sabes mãe, eles estão muito felizes, porque gostam muito de comer".
A Mafalda diz que são piu pius.
Hoje de manhã disse ao Francisco para pedir ao pai para o ensinar a limpar a caixa, porque estava cheia de cocós... na esperança de me safar de tal tarefa, porque pegar neles nem pensar! O meu filho respondeu-me "se calhar é com toalhitas!"
E lá foi ele com a caixa dos bicho da seda para a escola para mostrar aos amigos...
quinta-feira, 3 de maio de 2012
mensagem esquecida
Encontrei esta mensagem hoje, nos rascunhos, datada de Fevereiro de 2010:
Cada um vê o mundo à sua maneira e há coisas que eu só passei a reparar depois de ser mãe...
A primeira coisa que me lembro de ter reparado quando vim do hospital para casa, depois do meu filho nascer, foi que as estradas estão em muito pior estado do que eu pensava! Tanto buraco, são pinotes atrás de pinotes... ninguém se lembra que podem haver recém-nascidos nos carros?
Mas há mais exemplos:
há lixo por todo o lado no chão;
as paredes, os corrimões, as paragens de autocarro, os bancos da cidade estão sempre imundos;
os botões dos elevadores deviam estar mais altos;
as portas de muitos prédios deviam ser mais largas;
ah.... e nunca tinha reparado que o esparguete é tão difícil de varrer!
Cada um vê o mundo à sua maneira e há coisas que eu só passei a reparar depois de ser mãe...
A primeira coisa que me lembro de ter reparado quando vim do hospital para casa, depois do meu filho nascer, foi que as estradas estão em muito pior estado do que eu pensava! Tanto buraco, são pinotes atrás de pinotes... ninguém se lembra que podem haver recém-nascidos nos carros?
Mas há mais exemplos:
há lixo por todo o lado no chão;
as paredes, os corrimões, as paragens de autocarro, os bancos da cidade estão sempre imundos;
os botões dos elevadores deviam estar mais altos;
as portas de muitos prédios deviam ser mais largas;
ah.... e nunca tinha reparado que o esparguete é tão difícil de varrer!
quarta-feira, 2 de maio de 2012
77 palavras
Estes foram os contos, com 77 palavras (nem mais nem menos) que enviei para o blog www.77palavras.blogspot.com :
1º sem desafio:
1º sem desafio:
Um menino conheceu uma menina e convidou-a para jogar à
bola.
Um chuto e ela balança pelo quintal do vizinho! Atropela uma galinha que quase voa.
Riram. O vizinho protestou. Riram mais e ficaram amigos.
Passaram a brincar todas as tardes, até as mães os chamarem.
Cresceram juntos até cada um seguir o seu caminho.
Mais tarde reencontraram-se. Já crescidos. Ele convidou-a para jogar à bola. Não havia galinha para quase voar… mesmo assim, riram os dois.
2º com o desafio de utilizar as palavras: História uma ser quis sempre (portanto, "sempre quis ser uma história", mas ao contrário!):Um chuto e ela balança pelo quintal do vizinho! Atropela uma galinha que quase voa.
Riram. O vizinho protestou. Riram mais e ficaram amigos.
Passaram a brincar todas as tardes, até as mães os chamarem.
Cresceram juntos até cada um seguir o seu caminho.
Mais tarde reencontraram-se. Já crescidos. Ele convidou-a para jogar à bola. Não havia galinha para quase voar… mesmo assim, riram os dois.
Vou contar-te aquela História,
a verdadeira!
Era uma vez um ser mágico muito feliz, que quis viajar pelo mundo para espalhar a sua felicidade por todo o lado.
Ele tem uma forma secreta de o fazer, sem nunca ninguém o ver. Mas às vezes não é tarefa fácil… algumas pessoas estão tão tristes que não deixavam a felicidade entrar nelas.
E sabes por onde entra a felicidade?
Pelo nosso sorriso! Por isso não te esqueças: Sorri sempre!
Experimentem! É divertido observar o resultado.
Era uma vez um ser mágico muito feliz, que quis viajar pelo mundo para espalhar a sua felicidade por todo o lado.
Ele tem uma forma secreta de o fazer, sem nunca ninguém o ver. Mas às vezes não é tarefa fácil… algumas pessoas estão tão tristes que não deixavam a felicidade entrar nelas.
E sabes por onde entra a felicidade?
Pelo nosso sorriso! Por isso não te esqueças: Sorri sempre!
Experimentem! É divertido observar o resultado.
amor monstro
O Francisco adora este livro. E eu também!
Já perdi a conta ao número de vezes que o li.
É a história de um monstro à procura de amor, num local onde parece que só gostam de coisas fofinhas. No fim, quando está quase a desistir, o amor acaba por o encontrar a ele. Uma bonita história para os mais pequenos.
A primeira vez que o li estava no hospital, à espera que chamassem o Francisco para fazer uma radiografia aos ouvidos. E depois para fazer mais testes aos ouvidos... e tinha acabado de saber que o meu seguro de saúde estava cancelado. E confirmei que o meu filho tem uma grande diferença de audição entre um ouvido e outro. E ele continuava a pedir-me para ler mais uma vez a história e mais outra e mais outra. E mesmo assim, a história fez-me sorrir. Afinal, é uma história de amor!
Este livro foi escrito pela Rachel Bright e é da Editorial Presença.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Reflexos
Estava com a Mafalda ao colo e vi o nosso reflexo na janela... Fiquei espantada, porque o meu pensamento foi: "somos duas miúdas! Uma com outra ao colo." será possível, eu já ter 34 anos, dois filhos e ainda me ver como uma miúda? Acho que tenho que crescer...
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