sábado, 21 de novembro de 2009

Crescimento


Ia começar este post com "parece que foi ontem..." mas mal pensei nesta frase senti-me velha. Ou antes, adulta. E eu nunca me vejo como adulta! E sou pouco saudosista. Aliás esta frase para mim nunca fez sentido, porque na verdade não parece que foi ontem. Até pode parecer que algo foi no mês ou na semana passada, mas ontem parece-me sempre um bocado exagerado.

A verdade é que o tempo passa mesmo depressa, principalmente quando se vive com um ser pequeno que aprende a cada minuto, que cresce a cada segundo, que está mais esperto e atento a cada palavra dita. Parece um comboio a alta velocidade e às vezes perdemos um pedaço da paisagem. Como é rápido. Hoje realmente ele está mais adulto que ontem. Está mais crescido, constroi melhor as frases. Tem uma conversa comigo! Uma conversa! Ainda ontem (ou há alguns meses) era um bebe que eu passeava no seu carrinho, agora anda a puxar a sua mini mala com rodinhas!

Quero deixá-lo crescer mas ao mesmo tempo quero agarrar a corda do papagaio e puxá-lo mais para mim. Quero cheirar, saborear e sentir todo este momento precioso que não se voltará a repetir. Mas sei que o tenho que deixar voar... e quero vê-lo voar. Só agora entendo como algo pode ser feliz e triste ao mesmo tempo. Uma tristeza feliz. Se bem que o feliz pesa muito mais que o triste. Talvez seja só uma felicidade melancólica (a palavra triste parece-me muito forte aqui!!!).

Hoje o meu filho estava mais crescido! Aqui fica a conversa que ele teve comigo esta manhã:

eu: Francisco , pára quieto para a mãe te vestir, não sejas tonto.
ele: Tonto não!
eu: ai não? sim, sim, o Francisco é tonto!
ele: não não! Mãe é tonto!
eu: a Mãe? Não não
ele: sim sim! (gargalhadas)
eu: não não. O Francisco é que é tonto!
ele: não! a Mãe é tonto! (gargalhadas)
eu: naaaooooo!
ele: (gargalhadas) sim sim
eu: já sei. O pai é tonto
ele: (gargalhadas) o pai é tonto!!!

e pronto chagámos a um acordo! a Isto se chama negociar!

Festa das Lanternas



Sexta feira 13 foi dia de festa das lanternas no novo infantário do Francisco e lá andava ele de lanterna na mão, desenhada por ele, caminho fora atrás dos outros meninos e adultos. Cantou, queria que eu cantasse e acho que ficou contente por ter a família no "seu" infantário. Mas não há duvida que a parte que ele gostou mais foi quando chegou a hora de comer as castanhas.


Aqui fica o significado da história das lanternas apresentada na festa num pequeno teatro representado pelos meninos mais velhos da escola:


A Menina da Lanterna é uma história de origem Europeia que se comemora no dia de S. Martinho. Trata-se de uma história que marca uma celebração anual que nos prepara para a chegada do Inverno. É uma história de Outono. O tempo começa a ficar mais frio e a noite chega mais cedo, o que motiva o recolhimento e a interiorização. Quando a menina da lanterna tem a lanterna apagada e começa à procura da luz, enceta um caminho de auto conhecimento (de busca interior). No princípio do caminho, encontra os animais que representam os nossos instintos mais básicos. É a partir do aparecimento da Estrela que começa o seu verdadeiro desenvolvimento interior. O menino da lã tece o fio do "pensamento", o sapateiro representa a força e a acção que nos mantêm os pés assentes na terra e o menino da bola simboliza os nossos sentimentos. Estão aqui as três partes que formam o ser humano: "o pensar ", "o querer" e "o sentir". São estes elementos que, como a história revela, necessitam de ser trabalhados, dominados, transformados e renovados. O fogo, também aqui predominante, é o elemento da natureza que representa a transformação e a purificação.
Através desta vivência, acreditamos estar a semear nas nossas crianças sentimentos de coragem e confiança mesmo quando o caminho se revela muito longo. Se pensarmos com luz, a nossa vida brilhará, e se não desistirmos, poderemos sempre renovar a nossa luz interior e com ela iluminar os que nos rodeiam.
A história do S. Martinho, por sua vez, permite passar às nossas crianças valores humanos tão fundamentais quanto a partilha, a generosidade,a coragem e a abertura ao outro

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"ah! Bolas!"


A nova expressão do meu filho é "bolas!"

Cai qualquer coisa no chão: "oh. Bolas!"

Entorna água: "bolas!"

Caí: "Bolas!"

Bate com a cabeça: "bolas"

Está a chutar a bola (verdadeira) ao pai, faz xixi pelas pernas a baixo porque está sem fralda, fica a olhar para o xixi e para a bola molhada e exclama muito admirado: "ah! Bolas!"