Em minha casa há uma porta mais especial que as outras. É uma porta que não posso atravessar sozinho e que traz sempre novidades maravilhosas. Às vezes traz pessoas para dentro de casa, outras leva-me para um mundo muito maior.
Eu adoro aquela porta. Em dias de birra dirijo-me para lá e tento fazer os meus pais entenderem que quero sair. Mas eles nunca me fazem a vontade. Será que não me entendem?
Quando a mãe me pede para ir buscar os sapatos para calçar, fico todo contente, procuro-os bem, e lá venho eu com os "pau" na mão para lhe entregar.
Quando me vestem o casaco é uma alegria, não há Pana que me prenda à televisão.
E, se quero colo para sair, basta abrirem a tal porta que o esqueço logo, vou a correr lá para fora.
A minha mãe diz que eu ando com o vicio da rua, mas a culpada é ela. Quem a mandou andar comigo para todo o lado desde muito pequenino?
Ultimamente, como ela está doente, é o meu pai que me leva para a escola. Até chegar o elevador, digo adeus e mando beijinhos à minha mãe... e quando entro neste, ainda espreito para mandar mais um beijinho. E depois lá sigo eu todo contente.
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