Este ano começou com manhãs mais calmas. Resolvi não stressar entre acordá-los, dar-lhes o pequeno almoço, vesti-los, lavar os dentes, etc e o sair de casa atrasada. Resolvi deixar fluir... E a verdade é que até sair de casa a coisa tem corrido melhor. Mas o Francisco tem ficado a chorar na escola e ainda não consegui chegar um único dia a horas para deixar a Mafalda...
Ontem o meu filho resolveu meter na cabeça que eu não o ía buscar e que ía ficar sozinho. Tentei explicar-lhe que isso jamais aconteceria, que mal fossem horas eu iria a correr ter com ele, mas sem sucesso. E ele insistiu tanto nesta ideia que até fui a cuidado buscá-lo, não fosse a criança estar a antever um acidente e não iria mesmo buscá-lo. Hoje ficou a chorar só por chorar.
Tento interiorizar que chorar também faz bem, liberta a alma, mas não é fácil!
Cada vez que olho para os meus filhos tenho vontade de os apertar, de os beijar, de não deixar passar este momento. De os agarrar para nunca fugirem de mim. De congelar o tempo para esta sensação nunca desaparecer. De os manter sempre junto ao meu peito. De carregar no pause da minha vida. E por saber que isso é impossível, a vontade é ainda maior. E por saber que isso não era bom para nenhum de nós, mesmo que fosse possível, o sentimento torna-se agridoce. E adoro vê-los crescer. E não queria que fosse mais lento ou mais rápido... mas quero absorver tudo. E como também sei que também isso é impossível, tenho novamente vontade de os abraçar forte. Adoro isto... ser mãe de dois. De dois tão especiais!
