sexta-feira, 12 de junho de 2009

moreia frita


Qual papa qual que... iogurte? pode ser para começar... Mas o que eu chamo um bom lanche, são quatro postas de moreia frita (porque não havia mais) e uma mão cheia de cerejas para rematar. Imaginem-se bébes, sempre a beber leite e a comer papa... por favor! Já chega! Dêem-me peixinho frito e não se preocupem, que venha depois o jantar, que eu não deixo no prato! Afinal, andar a correr de um lado para o outro dá fome e eu preciso manter esta barriguinha tão parecida com a do meu pai... (eh eh eh)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Cisco


Escondo-me atrás do cortinado e a minha mãe fica sem saber onde estou. Ela chama: -Francisco.... e eu apareço de repende e digo com uma alegria contagiante: -cúcu!!!!!

E assim continuamos...

Mas no outro dia a minha mãe distraiu-se com a televisão e eu tive que a lembrar que não estava à vista! - "Cisco" - chamei eu em vez dela. Ela lá percebeu e chamou-me. -cúcu - disse eu. Depois ouvi-a comentar com o meu pai que eu já dizia o meu nome e que me chamava Cisco... e depois? Chamam-me tanta coisa: Francisco, Chico, Quico... porque é que não posso eu inventar um nome para mim? Na verdade, até acho que faz mais sentido!

Outra brincadeira que gosto de fazer com os cortinados é desaparecer e dizer: "nã tá" e depois aparecer e dizer: "tá tá!" Pois é, é que eu já sei muitas palavras!!!!

terça-feira, 19 de maio de 2009

voa noz


O pai apanhou um passarinho que deve ter caído do ninho. Agarrou numa mão e foi mostrar-te. Tu estavas a brincar com nozes, olhaste para o pássaro, franziste o sobrolho, mas não deste grande importância. Depois o pai foi contigo até à janela, abriu-a e com um impulso abriu a mão para o passarinho voar. Ficaste admirado ao vê-lo bater as assas no ar... Abriste a tua mãozinha e ficaste à espera que a noz que tinhas na mão fizesse o mesmo, com um pequeno impulso ela voou... a pique.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

no top do Francisco


O Manel tinha uma bola,
que rolava pelo chão
na calçada ela rebola,
deu-lhe uma dentada um cão.

"Oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."
foi-se embora, fugiu
"oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."
nunca mais ninguem a viu!

O Manel tinha uma bola,
mas por falta de atenção
lá deixou ele ir a bola
entre os dentes de um cão.

"Oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."

foi-se embora, fugiu
"oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."

nunca mais ninguem a viu!

O Manel tinha uma bola
mas agora não tem não
e a gente a ver se o consola
vai cantar esta canção.

"Oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."
foi-se embora, fugiu
"oha a boua nanã,
oha a boua nanã..."
nunca mais ninguem a viu!

terça-feira, 12 de maio de 2009

tal pai tal filho


Gosto de imitar o meu pai. É um facto. Ele fala alto, eu falo alto ao mesmo tempo (o que não lhe agrada muito, mas se é para refilar, também lá estou eu!), ele faz "aahhh" a seguir a beber, eu faço "aahhh" a seguir a beber, ele ri com todos os dentes e eu mostro os meus também!

A verdade é que tenho aprendido umas coisas giras com ele... tudo coisas muito educativas, acho eu: fazer cara de mau, soprar na garrafa de cerveja para fazer o som "uuuuuu" (no meu caso é mais dizer mesmo o som, mas ele acha piada à mesma... acho que o engano bem!); meter esparguete inteiro na boca e chupar; atirar pão ao ar e tentar apanhar com a boca (ainda não consigo, mas às vezes treino); levar comida à boca com a cabeça virada para cima.... enfim... coisas de pai e filho. Mas ontem, ele queria que eu o imitasse numa coisa que não gostei muito. Chapinhar na água, ainda vá que não vá, apesar de não gostar nada quando ela me vem para a cara, agora, despejar o balde de água pela cabeça a baixo.... por muito pequeno que ele seja... pai... tem lá calma! Nisso eu não te imito. Faz lá tu que eu fico a ver e a rir!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rua


Em minha casa há uma porta mais especial que as outras. É uma porta que não posso atravessar sozinho e que traz sempre novidades maravilhosas. Às vezes traz pessoas para dentro de casa, outras leva-me para um mundo muito maior.

Eu adoro aquela porta. Em dias de birra dirijo-me para lá e tento fazer os meus pais entenderem que quero sair. Mas eles nunca me fazem a vontade. Será que não me entendem?

Quando a mãe me pede para ir buscar os sapatos para calçar, fico todo contente, procuro-os bem, e lá venho eu com os "pau" na mão para lhe entregar.

Quando me vestem o casaco é uma alegria, não há Pana que me prenda à televisão.

E, se quero colo para sair, basta abrirem a tal porta que o esqueço logo, vou a correr lá para fora.

A minha mãe diz que eu ando com o vicio da rua, mas a culpada é ela. Quem a mandou andar comigo para todo o lado desde muito pequenino?

Ultimamente, como ela está doente, é o meu pai que me leva para a escola. Até chegar o elevador, digo adeus e mando beijinhos à minha mãe... e quando entro neste, ainda espreito para mandar mais um beijinho. E depois lá sigo eu todo contente.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aquele abraço


Para o meu filho, dar um abraço, não é simplesmente abraçar. É muito mais. Eu meto-me de joelhos, abro os braços e peço um abraço. Ele, se estiver muito perto de mim afasta-se, às vezes até mede bem a distância e dá mais uns passitos para trás, ganha balanço e vem a correr na minha direcção de braços abertos, para me apertar. E esses momentos sabem a mel.

Também manda beijinhos com a mão... e eu fico toda derretida... o tempo passa mesmo a correr e ele está a crescer!